sábado, 8 de janeiro de 2011

Nove primeiras Sextas-Feiras...Por que?



Ao longo da história da Igreja, Nosso Senhor tem revelado de maneiras diversas os tesouros de seu Coração Sagrado aos homens. A devoção a Ele tornou-se uma luz de misericórdia e de esperança continuamente derramada sobre a face da Terra.
Uma dessas manifestações divinas, entretanto, sobressai pelo extraordinário conteúdo de sua mensagem.

No século XVII, o mosteiro de Paray-le-Monial na França era habitado pelas religiosas da Ordem da Visitação, essas monjas eram muito devotas do Sagrado Coração de Jesus, e de modo particular a Irmã Margarida-Maria Alacoque. O entranhado fervor de uma vida de oração a unia cada vez mais ao Divino Mestre e ela foi favorecida por diversas visões nas quais Nosso Senhor lhe ia revelando, pouco a pouco, os infinitos tesouros de seu amor para com os homens.
Entre essas aparições, quatro se destacam pela importância das palavras e promessas que encerram.

Na terceira visão, diz a Sor Margarida-Maria:
Aí me foram reveladas as maravilhas inexplicáveis de seu puro amor, e os excessos a que este chegou em proveito dos homens, recebendo em troca apenas ingratidões e menosprezos. Jesus me disse: “Essa ingratidão me é mais penosa do que todos os sofrimentos que padeci em minha Paixão. Se me retribuíssem em algo esse amor, Eu tomaria como pouco tudo o que fiz pelos homens, e estaria disposto a fazer ainda mais, se possível fosse. Neles, porém, encontro somente friezas e recusas diante de minhas solicitudes e bondades. Tu, pelo menos, alivia-me ao suprires a ingratidão deles, em toda a medida de que fores capaz.”

Confessando então sua indignidade e fraqueza, Sor Margarida-Maria suplica ao Divino Redentor que tenha compaixão de sua miséria. E d’Ele ouviu como resposta

Eu serei tua força, não temas. Esteja, porém, atenta à minha voz e ao que te peço para cumprires os meus desígnios. Primeiramente, me receberás no Santíssimo Sacramento sempre que lhe permitir a obediência, e deverás aceitar algumas mortificações e humilhações como provas de meu amor. Além disso, comungarás nas primeiras sextas-feiras de cada mês; e em todas as noites de quinta para sexta, far-te-ei participar da tristeza mortal que se abateu sobre Mim no Horto das Oliveiras. Para me acompanhares nessa humilde prece que então apresentei a meu Pai, tu te levantarás entre onze e meia-noite, prosternando-te durante uma hora comigo, tanto para aplacar a cólera divina, pedindo misericórdia para os pecadores, como para suavizar em algo a amargura que senti quando me vi abandonado pelos meus apóstolos. Durante esta hora, farás o que Eu te indicar.”

Nesse comovedor e grave colóquio que manteve com a sua confidente, Nosso Senhor faz ouvir a queixa secreta de seu Coração: Ele ama tanto os homens, e é por estes tão pouco amado! E pede uma reparação de amor que se traduza em atos externos e fervorosos, como a comunhão freqüente, a recepção da Eucaristia nas primeiras sextas-feiras de cada mês e a Hora Santa.

Jesus apareceu-lhe numerosas vezes de 1673 até 1675. Dos seus colóquios com Nosso Senhor distinguem-se classicamente 12 promessas, e entre as doze promessas, que encerram importantes solicitações do Divino Mestre e as mais consoladoras promessas de sua infinita misericórdia, temos esta:

“Numa sexta-feira, durante a Sagrada Comunhão, disse estas palavras à sua indigna escrava: “Prometo-te, na excessiva misericórdia do meu Coração, que o seu amor onipotente obterá a todos aqueles que comunguem nove primeiras sextas-feiras do mês seguidas a graça da penitência final, que não morrerão na minha desgraça, sem receber os seus sacramentos e que o Meu divino Coração será o seu refúgio assegurado no último momento”. “Nada temas, Eu reinarei apesar dos meus inimigos e de todos aqueles que procurarão opor-se”.

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