"Nunca saberemos quem é JesusCristo se não vivermos, dia após dia, a intimidade com Ele. Se não reservarmos todos os dias um tempo longo para estar aos Seus pés, se não nos unirmos, dia após dia, à oferta que Jesus Sacerdote faz de si mesmo ao Pai, se não orarmos muito e orarmos bem, não nos será possível conhecer Jesus Cristo.
Devemos buscar esta intimidade cotidiana com o Pai, em Jesus, pelo poder do Espírito Santo. Não deve tratar-se de um tempo qualquer, mas um tempo especial, consistente, dedicado a Deus a cada dia: gastar tempo com o Senhor, como Ele gasta tempo conosco, a transformar verdadeiramente a nossa vida.
Tem um fato a respeito do Papa João Paulo II, que é muito significativo.
Conta-se que durante o dia ele reservava um tempo considerável para a oração pessoal e, em tais momentos, não queria ser incomodado por nenhum motivo. Diz-se que um dia, enquanto o Papa estava rezando, o seu secretário abriu a porta. O Papa virou-se e disse:
"É mesmo necessário que o senhor me incomode agora, não vê que estou rezando?
"Sim, Santo Padre", respodeu, embaraçado, o secretário.
"Mas", retomou o Papa, "é algo urgente?", ao que o secretário respondeu:
"Sim, Santo Padre".
"Mas é tão grave assim?", insistiu o Papa.
"Sim ,Santidade."
"Então, concluiu o Papa, "vá embora e feche a porta, porque preciso rezar mais ainda para resolver este problema!".
É exatamente isto que acontece com um homem de oração. A sua confiança não reside em si mesmo, mas no Senhor. É em momentos desafiantes que podemos perceber o real valor da oração para nós."
(Texto extraido do livro: Vós quem dizeis que eu sou? de Moyses de Azevedo Filho - Com. Shalom.)
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